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Histórico da Maternidade da Mãe Pobre N. Sra. da Glória

 

 

O Lions Clube de Glória de Dourados foi fundado em 1.967 por um grupo de pessoas, que na época pós colonização feita então pelo presidente Getúlio Vargas, resolveram criar algo que pudesse contribuir com a pujante Glória de Dourados, que no seu auge populacional, com a grande distribuição de terras em nosso município, no ano de 1.953, um grande número de famílias vieram aqui construir suas vidas e ter direito a um pedaço de chão para poder começar a vida, chegando então nesta época o nosso município ter aproximadamente 45.000 habitantes.

 

Ao chegar a Glória de Dourados e conhecer o único hospital que hoje serve a população disponibilizando diversos convênios, questionamos o nome do estabelecimento. Por que Maternidade da Mãe Pobre?

 

No final da década de 60 ocorreu uma explosão demográfica na região de Glória de Dourados propiciada pela construção de estradas e a divisão dos lotes de 12 alqueires e meio. A área começava em Jateí e o município terminava em Porto Vilma, Vila União até o limite de Angélica que era distrito de Ivinhema. Tinha o nome de “capital dos colonos”, onde a principal fonte de renda era o cultivo de algodão, amendoim, mamona, feijão e arroz. Era pouca criação de gado.

 

A população que vinha para trabalhar nas lavouras originava de diversas partes do país. Embora o grande movimento na cidade mostrasse prosperidade, nas áreas periféricas o problema de mortalidade infantil se agravava. Não havia infra-estrutura pública para atender a demanda da população carente. Os partos eram realizados em casa nas mãos das parteiras. A falta de higiene, a pobreza eram os fatores de número elevado de mortalidade infantil.

 

Em 1967 foi fundado o Lions Clube, o primeiro clube de serviços da cidade. No ano seguinte, na segunda campanha foi conseguido tijolos para a construção da maternidade. Segundo a narrativa do Sr. José de Azevedo, a idéia partiu do Sr. Ossamu Kuraoka, primeiro fundador da entidade no município. Sua sugestão foi atender às mães carentes de Glória de Dourados que não dispunham de recursos financeiros.

 

Foi assim que os membros do Lions Clube de Glória de Dourados na época (Dalmir Alves de Medeiros, Ossamu Kuraoka, José de Azevedo, Manoel Reino Junior, Joaquim Alves Fernandes, Américo Brigatti, Aparecido Rodrigues de Almeida Junior, João Lopes dos Anjos, Rosalvo Mendes Feitosa, Padre Roberto Fulco do Nascimento, Dorival Gasques, Orlando Antunes da Silva, Ramon Gistau, Valdir Vendramim, José Onose, Osvaldo Cabral, Alípio Gonçalves Diniz, Francisco Leite Sá, Paulo Marinho de Azevedo, José Marinho de Azevedo, José Diogo de Figueiredo, João Alberto Medeiros Lopes, Paulo Rodrigues de Medeiros, Orígenes Simões, Nildo Carvalho, Hilton Milan entre outros que foram aderindo posteriormente, iniciaram a luta pela causa da mãe pobre.

 

Os trabalhos para conseguir recursos para a Maternidade iam de livros ouro, feijoada, bailes, venda de garrafas, festa da cerveja, bingos, rifas, sessões de cinema, espetáculos circense, até uma cantora paraguaia (Perla) foi trazida em um evento de grande sucesso. O padre Roberto Fulco Nascimento prefeito naquela época deu apoio significativo.

 

Assim foi dado início à construção da Maternidade, em terreno doado pelo INCRA. O prédio contava com duas enfermarias, com uma média de 05 leitos cada uma, 01 sala de parto, 01 sala de espera, 01 cozinha, 01 lavanderia e 01 consultório médico. A iluminação era feita a lampião. Possuía 01 balão de oxigênio e 02 conjuntos de ferramentas (instrumental) para cirurgia. Contava com uma ambulância (Rural Willys) exclusiva, com motorista mantido pela prefeitura.

 

A manutenção era feita com promoções do Lions Clube e convênios com o FUNRURAL. Cada paciente fazia doação de um conjunto de produtos de higiene, sabão em pó, álcool, algodão, luvas, linha catigut O2 (usada para se costurar em cirurgias) e medicamentos utilizados na parturiente.

 

Os administradores na época do local eram dona Marculina e o Sr. Manoel Reino Júnior.

 

Nos primeiros tempos a função da Maternidade era apenas fazer partos das mulheres carentes. Para isto disponibilizava de um pequeno espaço físico e a mão de obra utilizada era de auxiliares de enfermagem. Doroti Donária dos Santos, Avelina, Nazaré e Amália eram as enfermeiras que trabalhavam na Maternidade neste período. Doroti, chefe das enfermeiras fez curso de parto pela ARCAMAT, órgão ligado ao INCRA e repassou seus conhecimentos para as demais.

 

Segundo o livro de registro de nascimentos, aberto em abril de 1.969, eram feitos em média 10 partos por mês. Em abril de 1.970 já eram realizados 25 partos em média/mês. O médico só era chamado em casos mais difíceis e seu pagamento era feito a parte. A situação era difícil e piorava a medida que aumentava o número de pessoas procurando os serviços. Quando a situação demandava maiores recursos, o paciente era enviado a Dourados.

 

A cada dois anos a presidência da Maternidade era substituída. Nesse período apenas as Domadoras poderiam fazer parte da diretoria. A primeira diretora foi D. Aparecida Medeiros esposa do Sr. Dalmir seguida de D. Edna Arfux de Figueiredo, esposa do Sr. José Diogo de Figueiredo, posteriormente D. Regina Stela Andreoli de Almeida, esposa do Dr. Aparício Rodrigues de Almeida, assumiu o cargo enfrentando ainda muitos problemas. O mais difícil era o pessoal não qualificado e que resistiam às ordens recebidas. Irineis foi outra diretora e quem a sucedeu foi D. Keiko Kuraoka que ficou até os anos 90.

 

Em 1.990 a direção foi do CL Edwin Baur, depois foram presidentes o CL Fábio de Lima Franco, CL Joelson Arfux de Figueiredo, DM Levina Rodrigues de Azambuja, DM Márcia Esteves e por último o CL Osmar Perez.

 

Depois da Maternidade, o Lions buscou novos desafios, então para que Glória de Dourados se tornasse Comarca, construiu o primeiro fórum da cidade, a casa do Juiz e a cadeia pública, contribuindo assim com a criação da Comarca de Glória de Dourados, trazendo para cá, Dr. Nildo de Carvalho, juiz e depois um apaixonado por esta cidade, com um enorme trabalho prestado aqui, além de ser Leão.

 

 Depois o Lions construiu a 1ª biblioteca municipal, na praça Castelo Branco, ideia o então professor José Diogo de Figueiredo, recebendo do Lions a homenagem com o nome de sua mãe Maria Ferreira de Figueiredo, para a Biblioteca.

 

Hoje a Maternidade possui 1.400 mts de construção, 44 leitos, é muito bem equipada, temos 25 funcionários, entre administração, laboratório, médicos, enfermagem, lavanderia, cozinha e limpeza, somos em 30 CCLL e DDMM que lutam bravamente para manter este hospital que consome cerca de R$ 80.000,00/mês para sua subsistência.

 

Esta é a história do LIons Clube de Glória de Dourados, que desde 1.967 atua neste município, levando de alguma maneira alento e conforto aos que sempre necessitam de nossa ajuda.